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更多 发布于:2007-06-06 20:36
O período da Regência foi marcado por lutas apaixonadas, perturbações sociais e impasses político-partidários. As agitações propagaram-se ao Rio Grande do Sul, onde o espírito independente, altivo e patriótico do povo gaúcho não admitia novas submissões, mesmo indiretas, e terminaram por explodir na chamada Revolução Farroupilha.

Entre as causas mediatas do movimento destacou-se o descontentamento com a centralização política e a exploração fiscal sobre os produtos da economia pecuarista. As mudanças de gabinetes ministeriais quase sempre provocavam a substituição de servidores destacados na Província, acarretando desordem administrativa. A própria escolha do Presidente da Província raramente levava em consideração os interesses locais. Por outro lado, interessados na manutenção de preços baixos para os produtos sulinos, particularmente o charque consumido na alimentação dos escravos, os proprietários agrários do Sudeste, que exerciam influência sobre as decisões do poder central, procuravam favorecer através de tarifas alfandegárias os mesmos produtos provindos da região platina, cobrando pesados impostos sobre a produção do extremo sul do Brasil, prejudicando estancieiros, charqueadores e exportadores rio-grandenses, integrantes de oligarquias locais.

Como causas imediatas surgiram algumas decisões tomadas em 1834 pelo Presidente da Província, Dr. Antônio Rodrigues Fernandes Braga (nomeado a 14 de fevereiro de 1834), como a de aprovar leis que sobretaxavam os campos e de criar um corpo militar ligado ao governo provincial. Além disso, o irmão do Presidente, Pedro Rodrigues Fernandes Chaves, irritou os gaúchos com suas atitudes prepotentes em defesa da política oficial.

No quadro da política local, não podiam faltar as influências que provinham das Repúblicas vizinhas. Bento Gonçalves era muito amigo de Lavalleja e seu compadre. Atuou, também, decisivamente o Conde Tito Livio Zambeccari que, egresso do norte da península italiana, homiziara-se naquela Província brasileira.

Dois chefes políticos - José Gomes de Vasconcelos Jardim e Onofre Pires da Silveira Canto - à frente de 200 cavaleiros, concentraram-se na região de Viamão e dirigiram-se à cidade de Porto Alegre, estacionando em 19 de setembro de 1835 perto do bairro da Azenha.

Cientificado do fato, o Presidente da Província mandou que se armassem a Guarda Municipal Permanente, o Piquete de Cavalaria de primeira linha (cerca de 70 homens) e a Companhia de Guardas Nacionais a cavalo. Como dispunha de pouca força na capital, apelou a todos os cidadãos para que se reunissem, armados, conseguindo juntar um contingente de cerca de 270 homens. Para coordenar as forças legais nomeou o Brigadeiro Gaspar Mena Barreto, pois o Comandante das Armas, Marechal Sebastião Barreto Pereira Pinto, estava ausente. Foram logo guarnecidos três pontos considerados importantes: o Palácio do Governo, o quartel da Guarda Municipal e o Trem de Guerra (arsenal).

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